24 horas: foi quanto
demorou o PSD a dar o dito pelo não dito, e passar de uma posição
de “recusa total do PEC4 por causa do aumento de impostos” para
uma que admite que “para um novo PEC, será necessário o aumento
do IVA para 24 ou 25%”.
Passos Coelho, presidente
do PSD, disse-o expressamente à comunicação social, no “ambiente”
da Cimeira Europeia, realizada no dia seguinte à rejeição do PEC4.
Frente a todos os Governos da União Europeia, frente à Srª Merkel,
Passos Coelho, exactamente como Sócrates tinha feito na semana
anterior, ajoelhou perante os diktats da Srª Merkel, do FMI e da
Comissão Europeia.
Ao fazê-lo, Passos
Coelho provou, pela milionésima vez, que a sua “alternativa” de
combate ao “défice público” é igual à de José Sócrates, ou
seja, mais austeridade, mais recessão e mais desemprego. Assim, se
as eleições antecipadas tiverem como partido mais votado o PSD ou
PS, todos ficamos com a certeza que o próximo PEC, vai ser mais do
mesmo.
Por isso, a melhor
escolha só pode ser numa alternativa que aponte para o reequilíbrio
das contas públicas através de uma política de crescimento e de
emprego, de redução da dependência e do défice externo, de
combate à precariedade e pelo direito a uma vida digna para todos.
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