18 de Janeiro a data que não devemos esquecer!

O Bloco de Esquerda marcará presença nas comemorações que irão realizar-se no próximo dia 18 de janeiro na Marinha Grande, com a participação do deputado Ricardo Vicente e dos representantes locais. Dia este, em que celebramos a coragem dos operários da Marinha Grande, que a 18 de janeiro de 1934 foram protagonistas numa revolta pelos direitos no trabalho e contra a ditadura. Foram obreiros da democracia, pois sabiam que sem direitos no trabalho, sem salários dignos, não há liberdade, nem democracia. A luta deste dia é ainda a luta dos nossos dias, pela valorização do trabalho.

18 de Janeiro a data que não devemos esquecer!   

O Bloco de Esquerda marcará presença nas comemorações que irão realizar-se no próximo dia 18 de janeiro na Marinha Grande, com a participação do deputado Ricardo Vicente e dos representantes locais. Dia este, em que celebramos a coragem dos operários da Marinha Grande, que a 18 de janeiro de 1934 foram protagonistas numa revolta pelos direitos no trabalho e contra a ditadura. Foram obreiros da democracia, pois sabiam que sem direitos no trabalho, sem salários dignos, não há liberdade, nem democracia. A luta deste dia é ainda a luta dos nossos dias, pela valorização do trabalho.

Apesar da política de redistribuição de rendimentos que ocorreu nos últimos anos, tendo por exemplo possibilitado a subida do salário mínimo e o fim dos cortes nas pensões, e impulsionado algum crescimento económico, é urgente conquistar novos direitos: 

  • Trabalho por turnos: i) obrigatoriedade de subsídio por turnos; ii) maior acompanhamento médico; iii) definição de pausas e tempos de descanso e fins de semana; iv) participação dos trabalhadores e das trabalhadoras na definição das escalas de turnos; v) redução dos tempos de trabalho; vi) majoração dos dias de férias; vii) direito à reforma antecipada em proporção do tempo que se trabalhou por turnos;
  • Redução do horário de trabalho para as 35 horas permitindo maior criação de emprego e mais tempo livre para quem trabalha;
  • O reforço do combate à precariedade, restringindo a utilização dos contratos a prazo apenas às situações de substituição temporária e de pico ou sazonalidade de atividade;

O concelho da Marinha Grande tem muita indústria, dos moldes ao vidro, onde a precariedade afeta muitos trabalhadores no setor privado. Só a revisão da legislação laboral e a fiscalização apertada pode garantir justiça aos trabalhadores do sector privado. Um Governo ou uma Autarquia que não se esquece dos operários que fizeram o 18 de janeiro de 1934 e que respeite a sua história, deve começar por dar o exemplo. O processo de regularização de precários do Estado deve ser concluído e impedido o continuo surgimento de novos precários. Para a realização deste caminho, do público ao privado, é importante que a voz dos trabalhadores e trabalhadoras se faça ouvir nos locais de trabalho e nas ruas do país. 

Que a revolta da Marinha Grande seja fonte de inspiração e energia para um ano de lutas pelos direitos no trabalho e pelo emprego.