Administrador que despede precários em Estado de Emergência é nomeado presidente do “Gabinete Económico e Social Pós-Pandemia” para a região de Leiria

A Comissão Coordenadora Distrital de Leiria emitiu um Comunicado a lamentar a nomeação. Uma pessoa com este perfil, não é certamente o que a população da região de Leiria necessita para dar a cara pelo interesse público nos próximos tempos.

 

Está criado um memorando de entendimento entre três entidades na região de Leiria, para fazer face aos desafios económicos e sociais para o período pós-vírus.

A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), a Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI) e o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) irão desenvolver uma estratégia comum de apoio, que contempla a criação de um “Gabinete Económico e Social Pós-Pandemia” e o desenvolvimento de um “Plano de Medidas para o Novo Lançamento Económico e Social da Região de Leiria, no período Pós-Pandemia”.  

O tempo difícil que atravessamos deve exigir das entidades com responsabilidades económicas e sociais uma dinâmica de apoio e solidariedade, na criação de condições mais favoráveis ao serviço da população. É para este esforço que se deve mobilizar todo o tecido social e económico, em especial as autarquias.

O Bloco de Esquerda só pode lamentar que instituições públicas como as autarquias e o IPL aceitem entregar a presidência do recentemente criado “Gabinete Económico e Social Pós-Pandemia” ao Senhor Jorge Santos, administrador da empresa Vipex, que respondeu ao estado de Emergência com toda a falta de solidariedade e sem responsabilidade social, atirando dezenas de precários para o desemprego segundo as denúncias que chegaram ao portal despedimentos.pt, que até hoje nunca foram desmentidas. Uma pessoa com este perfil, não é certamente o que a população da região de Leiria necessita para dar a cara pelo interesse público nos próximos tempos.

Segundo os denunciantes, depois do despedimento dos mais frágeis, apenas se mantiveram em funcionamento os funcionários com vínculo efetivo. Mas o abuso não ficou apenas pelo despedimento, denunciaram, também “situações em que os trabalhadores são novamente chamados, com novos contratos, começando com saldo negativo no banco de horas, supostamente equivalente ao tempo de pré-aviso para denúncia do contrato anterior (não cumprido pela empresa). Algumas denúncias referem ainda que, entre as pessoas afastadas pela empresa, estão trabalhadoras que estavam em casa para justificado acompanhamento a filhos menores”.