Bloco de Esquerda organiza o Fórum das Lutas a 16 de maio

Este Fórum será um espaço de troca de experiências, um lugar de encontro e de articulação entre as militâncias sindicais e contra a precariedade, feministas e LGBTIQ+, pela justiça ambiental e contra a crise climática, contra o racismo, pela democracia e pelo direito a ter direitos.

O "Fórum das Lutas: Vozes de Quem Faz a Diferença" terá lugar a 16 de maio, em Lisboa

O "Fórum das Lutas: Vozes de Quem Faz a Diferença" terá lugar a 16 de maio, em Lisboa, juntando centenas de militantes e ativistas sociais. Aberto a aderentes e não aderentes do Bloco, com exposições, bancas, oficinas e debates setoriais e em plenário, este Fórum será um espaço de troca de experiências e de tradução entre as lutas, um lugar de aprendizagem, de encontro e de articulação entre as militâncias sindicais e contra a precariedade, feministas e LGBTIQ+, pela justiça ambiental e contra a crise climática, contra o racismo, pela democracia e pelo direito a ter direitos, na saúde, na cultura, na educação e na habitação.

Segundo Catarina Martins, "no Bloco, achámos que este é o momento em que é preciso pensar de forma vasta qual é a estratégia para o país. Passámos quatro anos a tentar corrigir alguns dos maiores desvarios da direita da troika, mas é preciso mais, é preciso olhar para o futuro", antecipando uma amplo processo de participação. "Chamámos-lhe Fórum das Lutas e vamos fazê-lo no dia 16 de Maio. Não é o dia dos especialistas em cada um dos setores, é o dia em que cada um de nós, especialistas e não especialistas, somos ativistas da nossa democracia e damos eco dessas lutas", afirmou.

Já segundo José Soeiro, o Fórum das Lutas é "antes de mais, um processo que começa agora". "Um processo de identificação e de mapeamento das lutas sociais que fazem este país, dos pequenos grandes combates quotidianos com os quais estamos em contacto e com os quais estamos comprometidos, pelo território, pelos direitos no trabalho, pela igualdade e contra a opressão, pelo direitos a ter direitos". O Fórum convoca pois toda a organização para este trabalho a iniciar desde já. Será "um espaço de encontro e discussão mas sobretudo uma oportunidade para a acumulação de forças e partilha de conhecimentos em movimentos e experiências concretas de mobilização". Pensado coletivamente, o Fórum juntará ativistas de áreas muito distintas contra a discriminação, a desigualdade e a exploração. "Que novas expressões existem no movimento dos trabalhadores? Como se tem resistido ao abuso no campo laboral? Que experiências de democracia existem que podem ser replicadas? Que lutas exemplares têm sido travadas contra a precariedade? O que podem os diferentes movimentos pela defesa da habitação digna construir em conjunto a partir das suas experiências? Que aliados para um movimento estudantil mobilizador? Com que desafios nos interpela o movimento anti-racista? O que deve o Bloco aprender com os exemplos de crescimento e multiplicação das Marchas LGBT? Que lutas estão a ter lugar pelo património e pelo acesso à cultura?" são apenas algumas das perguntas que darão mote a este encontro, complementa José Soeiro.

Iniciando desde já este processo, a direção do Bloco de Esquerda irá promover momentos de encontro prévios ao Fórum das Lutas, em todos os distritos, onde os aderentes e ativistas em diversos setores e regiões do país darão o seu contributo e são chamados a construir o Fórum localmente de forma descentralizada.

O calendário de preparação do Fórum das Lutas, bem como o programa do próprio dia 16, será divulgado em breve, contando com diversos espaços de intervenção e participação.