Bloco quer solução urgente para proteger crianças nas férias da Páscoa

O partido propôs o alargamento das medidas de apoio ao acompanhamento dos filhos no período das férias que agora começam. Mas o governo não pode esperar pelo parlamento, defendeu Catarina Martins este domingo.

Catarina Martins começou a declaração enviada à imprensa este domingo por dar conta das mensagens “desesperadas” que lhe têm chegado por causa do período das férias da Páscoa. As pessoas queixam-se “que não sabem o que hão de fazer porque o apoio ao acompanhamento aos filhos, aquela medida especial que foi instituída quando as escolas foram encerradas está suspensa durante as férias da Páscoa, ou só existe para quem tem crianças na creche”.

O governo alega que “como as férias da Páscoa já estavam previstas, as famílias já tinham outras soluções”. Só que “o problema é que as outras soluções agora também não funcionam” porque os ATL’s e apoios às famílias, estão encerrados.

Por outro lado, os avós também não são uma possibilidade “porque são um grupo de risco que tem de ser protegido”. Ao problema acresce que “muitos trabalhadores não podem meter férias na Páscoa e até as guardaram para o mês de Agosto, quando os filhos também precisam de acompanhamento e também não há aulas”. Sendo que há ainda “muitas empresas que não dão acesso ao teletrabalho” e “muitos serviços em que o teletrabalho é impossível.”

Por ser “impossível” que se deixe “sozinha em casa uma criança de 4, 5, 6 anos” e “não se podendo faltar durante duas semanas ao trabalho, ainda que a falta seja justificada”, uma vez que seriam menos duas semanas de salário e “há muita gente que não pode ficar duas semanas sem salário”, o Bloco reitera a proposta de extensão da medida do apoio ao acompanhamento aos filhos que apresentou no Parlamento. Catarina Martins desafiou, contudo, o governo a não esperar pelo Parlamento e a dar agora “uma solução a estas famílias, a estas crianças”. Porque “é disso que se trata, proteger as crianças”. 

 

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