Bloco reuniu com Agrupamentos de Escolas e visitou o Mosteiro da Batalha

No passado dia 19, 5ª feira, os candidatos do Bloco de Esquerda pelo distrito de Leiria visitaram o Mosteiro da Batalha, o Agrupamento de Escolas de Pombal e o Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, em Caldas da Rainha.

Mosteiro da Batalha
Candidatos que participaram: Ricardo Vicente, Carlos Ubaldo e Leopoldina Manteigas
 
Na visita ao Mosteiro da Batalha, que é património mundial da Unesco, os candidatos do Bloco de Esquerda procuraram conhecer o trabalho desenvolvido até ao momento e as atuais dificuldades.
 
Apesar de haver previsões de investimento na manutenção do edifício, nomeadamente com financiamento do PRR, a direção do Mosteiro demonstra alguma preocupação com o fraco orçamento anual da DGPC, que entre outras despesas tem de cobrir a manutenção de mais de 20 monumentos que são património da humanidade, para o qual é claramente insuficiente.
 
Quanto à preservação e valorização do mosteiro da Batalha, o principal problema atual é o excesso de trânsito, em especial veículos pesados, que passam na IC2, a poucos metros do mosteiro, gerando vibrações, emissões de gases e ruídos que afetam a preservação e a fruição deste património.
O Bloco de Esquerda concorda com a solução apontada pela direção do Museu: a eliminação das portagens da A19, na ligação até Leiria, de forma a desviar o trânsito.

 

Visita e reunião com a direção do Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro
Candidatos que participaram: Ricardo Vicente, Carlos Ubaldo, Leopoldina Manteigas e Francisco Matos
 
Na reunião com a diretora do agrupamento foi percetível que as maiores dificuldades resultam da dimensão excessiva do agrupamento e da sua grande dispersão pelo território, em que a distância maior entre escolas chega aos 30 km da escola sede. Dessa distância resultam dificuldades de articulação pedagógica e no desenvolvimento de alguns projetos. Para além de se manter uma falta de identidade, derivada da heterogeneidade das escolas agrupadas e de um processo que desde o seu início não foi consensual, persistem problemas iníquos. Por exemplo, alunos que não conseguem ver garantida a sua continuidade no agrupamento, aquando da mudança de ciclo, em virtude da matrícula depender de outros critérios, nomeadamente a residência. O agrupamento tem um total de 1901 alunos.
 
Foi abordado o problema da carreira, que continua a produzir injustiça e distorções graves, resultado do processo de avaliação de professores e do estrangulamento nos quarto e sexto escalões. Outro problema igualmente relevante é o do progressivo envelhecimento dos professores e consequentemente a dificuldade em conseguir professores em determinadas áreas disciplinares.

 

Visita e reunião com a direção do Agrupamento de Escolas de Pombal
Candidatos que participaram: Lina Oliveira, Telma Ferreira e Célia Cavalheiro
 
As dificuldades resultantes da dimensão excessiva do agrupamento, com 4 mil alunos, fazem-se notar de igual forma ao nível da gestão da escola, dos alunos e dos seus profissionais no agrupamento de escolas de Pombal.
O equipamento informático está muito ultrapassado, datado de 2007, e precisa de uma urgente requalificação. Além disso faltam técnicos para fazer a manutenção do parque informático.
 
A escassez de profissionais encontra-se ao nível do ensino especial e inclusivo, onde faltam terapeutas da fala, por exemplo.
É necessária uma revisão profunda de toda a estrutura do ensino, a começar pela valorização da carreira de professores e também no que diz respeito à formação profissional.
As escolas com 2º e 3º ciclos necessitam de aumentar a estrutura do espaço escolar, para que o número de salas corresponda ao número de turmas. Além disso, em Pombal, faz falta mais uma escola pública, defendeu o Diretor.
 
O corpo docente está muito envelhecido e não há novos professores a entrar na escola pública porque a profissão tem sido desvalorizada por sucessivos governos. Esta tem sido uma preocupação permanente do Bloco de Esquerda, por isso propomos o reforço de professores contratados e a valorização das suas carreiras e remunerações, assim como o reforço de outros profissionais como são exemplo os nutricionistas e terapeutas. A pandemia demonstrou ainda como é essencial que os alunos tenham acesso a equipamentos informáticos de forma gratuita para garantir igualdade entre alunos e o seu sucesso escolar.