“Maiorias absolutas não deixaram boas memórias em Portugal”

Catarina Martins frisou que o mandato do Bloco é claro: “lutar pelo país, pelos salários, pelas condições de trabalho, por salvar o SNS, pela resposta à emergência climática”, e que o partido não dará tréguas ao discurso de ódio.

“Sabemos dos perigos das maiorias absolutas e de como são permeáveis ao poder económico. Cá estaremos, com o papel de exigência que o Bloco sempre teve, e não deixará de ter, para defender o país”, garantiu Catarina após a reunião com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A coordenadora do Bloco apontou que “as maiorias absolutas não deixaram boas memórias em Portugal”, e que “há um trabalho muito exigente de oposição para garantir que o interesse público é respeitado, para proteger o país da predação das elites económicas que têm ficado com os nossos recursos”. Catarina foi perentória: “o Bloco é incansável sobre essa matéria”.

 

Referindo-se aos “caçadores de cabeças”, como é o caso de um ex-dirigente da direita, e atual advogado envolvido em processos de privatizações, que disse que “se ia ver livre das meninas do Bloco”, a dirigente bloquista esclareceu: “Lamento imenso desiludir, mas o Bloco de Esquerda não decide a sua direção de acordo com resultados eleitorais, quem decide são os seus militantes. Cá estarei para cumprir o meu mandato por inteiro”.