UpStyle Leiria: grupo Unifato entra em lay off e comunica despedimento a trabalhadora

Um exemplo claro de desrespeito e desproteção de uma trabalhadora, por parte da sua entidade patronal. 

Segundo denúncias que recebemos, uma trabalhadora da loja UpStyle do Leiria Shopping recebeu comunicação da empresa com intenção de efetuar despedimento, quando se encontra abrangida pelo novo “lay off simplificado”. Esta trabalhadora iniciou funções na loja a 7 de agosto de 2018, em regime de part-time de 25 horas semanais, como operadora ajudante de 1º ano, celebrando contrato com a Unifato – Confecções do Centro Lda. Em março de 2019, assumiu o cargo de sub-gerente de loja/operadora especializada, passando a prestar 40 horas semanais de trabalho, sem, no entanto, a empresa proporcionar a devida adenda ao seu contrato ou ter sido assinado novo contrato de trabalho para o efeito. Agora foi despedida, no momento em que, apesar das informações pouco claras da empresa, se encontrava em lay off. Segue explicação mais detalhada deste intrincado abuso patronal.

Os relatos referem que, a 30 de março, a empresa informou por escrito os trabalhadores que iria recorrer ao novo regime de “lay off simplificado”, acrescentando que perduraria até que ser levantada a imposição de encerramento obrigatório dos estabelecimentos comerciais. Assim, segundo o que nos foi transmitido, a comunicação da empresa aos trabalhadores foi vaga e pouco rigorosa, sem definir exatamente quando termina o lay off, sendo que este apoio tem de ser renovado mensalmente.

Apesar desta falta de informação, quando a trabalhadora em causa verificou a sua folha salarial referente ao mês de março e respectivos prémios e comissões de fevereiro (devidos junto com o salário de março), verificou que estas compensações não lhe haviam sido pagas e que a empresa já contabilizava 13 dias de março como lay off, com forte impacto no salário. Além disso, o salário apenas foi pago a 6 de abril, quando deveria ter sido pago até ao último dia do mês, conforme acordado no contrato de trabalho. Esta decisão, sem qualquer aviso prévio ou justificação da administração, teve impacto na vida da trabalhadora, provocando um agravamento de juros devido ao atraso do pagamento do seu crédito bancário.

A acrescentar a toda esta conduta imprópria e abusiva por parte da empresa, as denúncias referem que, em pleno regime de “lay off simplificado”, a 3 de abril, 4 dias após informar os trabalhadores da passagem a lay off, a trabalhadora em questão recebeu notificação por escrito da intenção da empresa de fazer caducar o seu contrato de 7 de Agosto de 2018, com efeitos a 6 de maio próximo. Ora, aquando da alteração das funções, apesar de a empresa não ter formalizado através de adenda ou de novo documento, ficou entendido que a trabalhadora passava a ser efetiva. Algo que, aliás, se depreende do novo cargo que ocupa. A trabalhadora tentou junto do departamento de recursos humanos da empresa obter esclarecimentos, sem sucesso: o departamento remete as explicações a administração, mas recusa-se a facultar qualquer forma de contacto com a mesma.

O Grupo Unifato, é um grupo português que conta com mais de 80 lojas mono-marca e multi-marcas espalhadas por todo o país. Entre as cadeias de lojas detidas pela Unifato, encontram-se as lojas Outlet, lojas Ponto Negro e UpStyle.