Vipex despede dezenas de precários na Marinha Grande

Agora na Marinha Grande, um caso de destruição dos direitos fundamentais de quem trabalha. 

A Vipex, empresa de comércio e fabrico de plásticos instalada na Marinha Grande, segundo denúncias que recebemos, despediu várias dezenas de trabalhadores com contratos precários. Estes relatos asseguram que apenas permaneceram os funcionários com vínculo efetivo. Todos os restantes, recrutados através de empresas de trabalho temporário, foram despedidos. Ainda assim, numa conduta que representa várias irregularidades, em alguns relatos são referidas situações em que os trabalhadores são novamente chamados, com novos contratos, começando com saldo negativo no banco de horas, supostamente equivalente ao tempo de pré-aviso para denúncia do contrato anterior (não cumprido pela empresa). Algumas denúncias referem ainda que, entre as pessoas afastadas pela empresa, estão trabalhadoras que estavam em casa para justificado acompanhamento a filhos menores.

A Vipex, a operar desde 1993, tinha, até esta decisão, cerca de cem trabalhadores e trabalhadoras a seu cargo. A empresa dedica-se ao desenvolvimento e fabrico de produtos com componentes de termoplásticos, produzindo também para o setor automóvel. Em 2018, registou um volume de negócios de 13,2 milhões de euros.