O clima e o ambiente marcam presença regular no trabalho autárquico do Bloco

O trabalho autárquico promovido pelo Bloco de Esquerda  no distrito de Leiria durante o último ano refletiu a centralidade que as questões ambientais e climáticas assumem no dia a dia da população e no movimento social. É disso exemplo a greve climática estudantil.

Desde a saudação e apoio às greves climáticas estudantis apresentadas em várias assembleias municipais (ex: aqui e aqui, em Óbidos e Peniche) à proposta de realização de sessões de esclarecimento sobre Alterações Climáticas (ex: Leiria, Óbidos e Peniche, aqui, aqui e aqui), o Bloco foi uma força de apoio à mobilização popular.

Ao longo do tempo temos vindo a apresentar diversas propostas de âmbito ambiental que dão resposta a problemas locais. São exemplo as medidas de proteção das populações de abelhas e criação de apiários comunitários, em Peniche (aqui), e a proibição do uso de Glifosato, em Óbidos (aqui). Ou o requerimento sobre o recurso a pesticidas em espaços públicos e a proposta de recolha de lixo nas praias, na Marinha Grande (aqui e aqui).

Denunciámos o estado de abandono em que caíram as Matas Litorais ardidas, apesar do grande aparato mediático promovido pelo Governo (ex: Nazaré e Pombal, aqui e aqui).

 

O surgimento da Greve climática estudantil foi importante para o distrito de Leiria

No distrito de Leiria, a resposta às alterações climáticas não se limita à reconstrução da nossa floresta para que se torne mais diversa e resiliente aos fogos, trata-se também de combater a prospeção de gás e petróleo e da requalificação da linha do oeste. Neste sentido, foi muito relevante o surgimento das Greves Climáticas Estudantis, que no distrito de Leiria tiveram expressão nas cidades de Leiria e Caldas da Rainha, com a mobilização de estudantes provenientes também de alguns concelhos vizinhos. Este movimento que teve origem internacional representa a maior mobilização de jovens que o país conheceu nas últimas décadas e a sua força foi essencial para obrigar o Governo a aceitar a proposta do Bloco, para incluir no seu programa o encerramento das centrais a carvão. Mas teve impactos também a nível local, onde há hoje mais gente que recusa a prospeção de petróleo e gás. O surgimento destes protestos no distrito não resultou diretamente da ação dos militantes do Bloco, mas estivemos presentes nas mobilizações, construímos pontes e alguns dos seus protagonistas aproximaram-se do Bloco.