Bloco de Esquerda questiona ministra da Agricultura sobre os abusos da grande distribuição no pagamento aos agricultores
Questionei a ministra da Agricultura a respeito da prática de preços abusiva das grandes cadeias de distribuição, que praticaram margens de lucro superiores a mil por cento entre o natal e o ano novo. Os produtores foram miseravelmente pagos e os consumidores pagaram caro. No gráfico que mostro, encontram-se os preços de vários tipos de couve, courgetes, abóboras e alfaces na Região Oeste, só produtos comercializados em bruto e consumidos em fresco, que não sofreram qualquer transformação ou embalamento após a colheita. Os preços são todos da mesma semana. Questionei ainda sobre o caso do vinho do porto, onde a Casa do Douro ainda não retomou o seu papel de moderador e os distribuidores têm práticas semelhantes.
A ministra respondeu-nos que foi retomada a PARCA (plataforma inventada por Assunção Cristas e que não teve qualquer resultado) e que o Governo se compromete a transpor uma diretiva comunitária com algumas medidas relevantes até 1 de Maio, prazo limite estabelecido pela Comissão Europeia para o efeito. Não adiantou nada sobre medidas concretas. A verdade é que o Governo está há dois anos a atrasar esta transposição, o Bloco propôs que a mesma fosse concretizada com urgência há um ano e essa proposta foi chumbada.
Sobre a casa do Douro, mais uma vez, refugiou-se na mentira de que é preciso regularizar dívidas primeiro, quando a Lei prevê outra solução e a prova disso é que as eleições para a Casa do Douro já estiveram marcadas e foram adiadas com a desculpa da covid-19.
A ministra respondeu-nos que foi retomada a PARCA (plataforma inventada por Assunção Cristas e que não teve qualquer resultado) e que o Governo se compromete a transpor uma diretiva comunitária com algumas medidas relevantes até 1 de Maio, prazo limite estabelecido pela Comissão Europeia para o efeito. Não adiantou nada sobre medidas concretas. A verdade é que o Governo está há dois anos a atrasar esta transposição, o Bloco propôs que a mesma fosse concretizada com urgência há um ano e essa proposta foi chumbada.
Sobre a casa do Douro, mais uma vez, refugiou-se na mentira de que é preciso regularizar dívidas primeiro, quando a Lei prevê outra solução e a prova disso é que as eleições para a Casa do Douro já estiveram marcadas e foram adiadas com a desculpa da covid-19.
Em tempos de pandemia, a agricultura não para, mas precisa de mais do que elogios, é preciso garantir justiça na formulação de preços, para que os agricultores possam viver do seu trabalho, em especial os mais pequenos e mais frágeis."
Em anexo consta o gráfico apresentado e a tabela seguinte tem os valores de venda ao consumidor e ao produtor entre o Natal e o Ano Novo:
€/kg | % | ||
CONSUMIDOR | PRODUTOR | Margem | |
Courgete | 0,99 | 0,36 | 175% |
Lombardo | 0,79 | 0,19 | 316% |
Repolho | 0,99 | 0,19 | 421% |
Abóbora menina | 1,39 | 0,14 | 893% |
Couve Bróculo | 1,19 | 0,09 | 1222% |
Couve Flor | 1,99 | 0,14 | 1321% |
Alface | 3,45 | 0,18 | 1817% |