Bloco quer suspender propinas e garantir meios de ensino à distância

Para proteger os rendimentos de estudantes e suas famílias, o Bloco questionou o governo sobre a suspensão das propinas e sugeriu medidas para que nenhum estudante fique para trás devido à falta de material informático para o ensino à distância.

Numa pergunta dirigida ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o deputado bloquista Luís Monteiro chamou a atenção para algumas medidas que acautelem as consequências negativas para estudantes e investigadores. No caso dos primeiros, existe “um claro desfasamento na forma como este período de quarentena e isolamento social está a ser enfrentado por parte das várias Instituições de Ensino Superior”.

Algumas instituições, apesar de não terem nenhum regulamento destinado ao ensino a distância, “estão a ensaiar novos modelos de contacto e organização de trabalhos académicos através dos seus docentes”, refere Luís Monteiro, mas outras instituições não adotaram nenhuma medida nesse sentido, “deixando os estudantes num período sem qualquer tipo de contacto académico que garantisse algum acompanhamento neste período”. E “apesar disso, continuam a cobrar propinas”, lembra o deputado do Bloco.

“Vivemos tempos extraordinários e assumimos todos os ensaios deste novo tipo de ensino como experiências mais do que como modelos fechados. Porém, mesmo sendo experiências, é importante garantir que nenhum estudante é prejudicado por razões económicas ou outras”, defendeu Luís Monteiro, antes de propor ao governo a suspensão do pagamento de propinas, um despacho para equalizar os modelos de e-learning e apoios que garantam material informático e os instrumentos necessários à prática do ensino à distância.   
 
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