Denúncia: discriminação em Pombal baseada na pertença à comunidade cigana

Chegou recentemente ao conhecimento do Bloco de Pombal a denúncia feita por um pombalense de etnia cigana, o Moisés Garcia (ver vídeo), a quem foi recusado um trabalho, por, segundo lhe disseram, não gostarem da sua pessoa.
De acordo com o relatado, o Moisés foi contactado por uma empresa de segurança, a Proteção Total, para fazer a vigilância noturna na empresa Pombal Fashion. De acordo com o combinado, ele deveria iniciar a sua atividade de vigilância fazendo, em três dias seguidos, um turno breve, de reconhecimento do espaço, junto com um colega da mesma empresa. No entanto, após a primeira noite, na qual se cruzou com um dos administradores da Pombal Fashion, foi contactado pelo seu supervisor na empresa de segurança, para ser informado de que afinal não iria fazer o trabalho, pois o administrador em causa não gostava da sua pessoa.
Não conformado com esta razão evasiva e sem fundamento, o Moisés dirigiu-se à Pombal Fashion, a fim de conversar com o administrador referido, que lhe deu uma explicação pouco clara, em que disse mesmo nada ter contra o Moisés e até conhecer a sua família, apontando antes para algum tipo de diferendo com a empresa de segurança Proteção Total. No entanto, no dia seguinte, o Moisés pôde confirmar que o turno que lhe caberia está a ser feito por um colega da mesma empresa, mas não cigano, o que lança dúvidas legítimas sobre a veracidade da explicação.
Pareceu ao Moisés, e parece-nos a nós, mais um caso de discriminação baseada na pertença do nosso conterrâneo à comunidade cigana.
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Se foste vítima, ou se testemunhaste atos de discriminação e/ou violência racista, denuncia junto das autoridades locais, ou online, junto da Comissão Para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial - https://www.cicdr.pt/queixa
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Soubemos também que o Município de Pombal acaba de celebrar contratos no montante de cerca de cinquenta mil euros para a criação de Ilhas Sombra em Bairros Habitacionais da Cidade de Pombal. Perguntamos se, nesta desejada intervenção urbana, também está contemplado o Bairro Margens do Arunca, onde vivem dezenas de famílias ciganas.