Marisa quer mais “vitórias completas” na luta contra a precariedade

Num encontro com trabalhadores do Centro Hospitalar do Oeste que lutaram e alcançaram o seu vínculo ao SNS, Marisa criticou Marcelo por manter a precariedade, ao promulgar a lei que estendeu o prazo do período experimental.

Numa visita ao Centro Hospitalar do Oeste, Marisa Matias encontrou-se com trabalhadores e trabalhadoras que travaram uma importante “luta que permitiu a integração de muitos profissionais do Estado que estavam em circunstâncias muito precárias”. Para a candidata presidencial, esta luta contra a precariedade no Serviço Nacional de Saúde permitiu “permitiu fazer avançar alguns direitos, ainda que limitados”, e “reconhecer o trabalho de tanta gente que estava a trabalhar em funções públicas do Estado e que não tinha esse reconhecimento”.

Dando o exemplo de trabalhadores que exerciam ali as suas funções há 19 anos e se mantinham com “vínculos precários independentes das empresas de trabalho temporário e até com condições muito diferentes entre eles e a fazer funções semelhantes”, Marisa sublinhou que aquele combate deu visibilidade à luta contra a precariedade e pelo SNS, mostrando o que foi feito e o que falta fazer.

 

Por um lado, reconheceu que “esse reconhecimento das suas funções e o terem saído da precariedade mudou a vida de tantos trabalhadores e tantas trabalhadoras em Portugal, nos hospitais e nas escolas”. Por outro, referiu que ainda está tudo por fazer em relação aos trabalhadores e trabalhadoras por turnos. “São 800 mil pessoas neste país que trabalham por turnos e que não têm direitos consagrados como coisas tão básicas que são as horas de descanso suficientes entre os turnos ou o direito a poder recorrer a uma reforma antecipada”, explicou.

Segundo Marisa Matias, esta foi mais uma das lutas em que Marcelo Rebelo de Sousa esteve ausente. “Ao mesmo tempo que o Presidente promulgava uma lei que permitia prolongar, duplicar o prazo do período experimental e com isso manter a precariedade, estas trabalhadoras e estes trabalhadores lutavam para que os funcionários do Estado pudessem acabar com ela”. Desse ponto de vista, para Marisa, “é muito poderosa a imagem da luta destas mulheres e destes homens”.

“É importante salientar as vitórias e nestas vitórias mostrarmos o que é preciso fazer para que elas sejam vitórias completas”, concluiu.