Associações lançam plataforma de denúncias e esclarecimento sobre habitação e trabalho

Em tempo de pandemia do Covid-19 são muitos os gestos de solidariedade, mas também há quem aproveite para abusar dos mais fracos. Associações Precários Inflexíveis e Rés do Chão juntaram-se para apoiar e dar voz às denúncias desses casos.

A Associação de Combate à Precariedade - Precários Inflexíveis e a Rés do Chão – Associação pelo Direito à Habitação anunciaram esa sexta-feira a criação da plataforma Resposta Solidária (página Facebook aqui), uma campanha de informação sobre os direitos laborais e de habitação.

“Com a Resposta Solidária queremos apoiar quem necessita de respostas a dúvidas, mas também denunciar situações de abuso ou incumprimento”, afirmam em comunicado conjunto as duas associações. As dúvidas ou denúncias serão recebidas através do email plataformarespostasolidaria@gmail.com

As associações comprometem—se a responder às dúvidas recebidas e a partilharem informação útil e juridicamente fundamentada. As situações de abuso serão divulgadas com garantias de consentimento e anonimato, “alertando outras pessoas para problemas semelhantes e tirando do silêncio o aproveitamento da crise social que se instala”, afirmam os promotores desta nova plataforma.

“Sob o pretexto desta crise, e à semelhança do que já aconteceu no passado, se deixamos instalar a desorientação e o individualismo, será mais fácil imporem-nos decisões que agravam a desproteção de quem trabalha e de quem tem de lutar para assegurar um teto” prossegue o comunicado, sublinhando que nesta altura é essencial que as pessoas estejam informadas e que denunciem situações - individuais e colectivas – de violação de direitos.

“Em tempos de isolamento, é urgente resgatar o sentido colectivo, a solidariedade e a força de nos apoiarmos mutuamente. A atual crise pandémica que atravessamos traz consigo inúmeros riscos de saúde pública, mas também a certeza de que a precariedade laboral e a carência habitacional serão agravadas. Precisamos de estar juntos e juntas. Precisamos de uma resposta solidária”, concluem as associações.